sábado, 12 de novembro de 2011

CREPÚSCULO ANTES DO AMANHECER.

Filmes.
Crepúsculo antes do Amanhecer.

Tá bom, eu admito: peguei um pouco pesado nos meus comentários sobre os primeiros filmes da franquia teen modinha A Saga Crepúsculo, na postagem mais comentada deste blog, com direito a xingamentos contra este blogueiro, sobrando até para sua mãe, que sequer sabe da existência deste blog. Para ser justo e com a chegada no próximo fim de semana de mais um filme da franquia (apesar de não me agradar muito, admito que  A Saga Crepúsculo é ligeiramente melhor a Harry Potter, outra franquia teen modinha.) resolvi rever os três primeiros filmes, com bastante atenção aos mínimos detalhes, postando aqui os meus comentários de cinéfilo. Não sei se após esta micro-maratona, irei mudar ou manter as minhas opiniões anteriores sobre a franquia. Mas, desde já, deixo claro que são opiniões sinceras deste blogueiro (e não de mamãe), logo, as fãs apaixonadas da franquia teen vão tratando de ser racionais e respeitar as opiniões alheias. Afinal, não vivemos mais no regime ditatorial e, se até Nosso Senhor Jesus Cristo não agradou a todo mundo, imagina uma franquia, baseada numa série de livros de qualidade duvidosa, irá obrigatoriamente agradar a todos. Sem perder tempo, vamos aos comentários.

UM BOM COMEÇO.

A febre teen que dominou todo planeta chegou as telonas em 2008, ano em que Crepúsculo estreiou e fomos apresentados aos personagens do universo criado por Stephanie Meyer, onde vampiros brilham a luz  do sol feito pupurina em baile gay, ao invés da clássica destruição fatal. Na trama, a jovem introvertida Bella Swann (Kristen Stewart, lindíssima como em nenhum outro filme da franquia e de sua carreira) muda-se para nublada cidade de Forks, nos arredores de Washington, para morar com seu pai, já que sua mãe resolve viajar o país, acompanhando seu novo namorado, um jogador de beisebol que mal vemos a cara. Num belo dia nublado, Bella conhece o também introvertido Edward Cullen (Robert Pattinson, supreedentemente convicente), se apaixonam e iniciam mais uma história de amor impossível da história do cinema, pois o rapaz é um vampiro. Paralelamente, um trio de vampiros sanguinolentos chegam a região e começa atacar indefesos seres humanos.

A Saga Crepúsculo inicia bem com um ótimo filme que dosa o climão de romance que as meninas adoram, com uma pitadinha de ação e suspense que empolga os mamanjos, apesar do forçar um pouco a barra na pieguice, no dramalhão e no estilo câmera lenta. As interpretações são visivelmente esforçadas, acima da média da franquia, mas sem nenhum destaque especial. Nem mesmo Taylor Lautner, o melhor ator da franquia teen, chama a atenção, sendo praticamente um figurante que nem influe e contribue, numa participação curtíssima e desnecessária. Ao contrário dos filmes posteriores, Pattinson e Stewart seguram bem seus personagens, tendo uma química tão boa, que acabaram ultrapassando a ficção e trazendo para a vida real.

Em síntese, apesar de ter um roteiro um pouco arrastado, fazendo o filme ter uma duração maior do que merecia, Crepúsculo é bom filme de romance. Envolvente e cativante, até agora,  é disparado o melhor de toda franquia teen. Um bom começo  para uma franquia modinha. Nota: 8,5.



CONTINUAÇÃO QUE FAZ JUS A REGRA.

Um ano depois de sua boa estreia, o segundo livro da série ganha sua versão para as telonas em A Saga Crepúsculo: Lua Nova. Na trama, querendo evitar o inevitável, ou seja, a transformação de Bella em vampira vergetariana, Edward aproveita a partida da sua família de Folks, para terminar com a moça, dando espaço para concorrência, já que ela em deprê, se aproxima do seu amigo, até então figurante, Jacob. Ele, após levar o clássico toco "Você é só meu amigo", entra para uma gangue de lobisomens da sua tribo. Paralelamente, a vampira Victoria volta a cidade querendo vingar a morte do seu parceiro James, com o sangue de Bella. Achando que sua amada está morte, bem ao estilo Romeu de Shakespeare com uma dosagem pesadíssima de canastrice mexicana ao estlio Hector Bonilla, Edward resolve "se matar", recorrendo aos terríveis vampirosVolturi (não existe no universo de Meyer, por exemplo, Blade, Peter Vicent, entre outros matadores de vampiros), para dar cabo em sua imortalidade para sempre.

Depois de uma boa estreia, a franquia caiu bastante com um filme fraquíssimo, algo bastante comum na maioria das continuações. Desta vez extrapolaram na dose de dramalhão e melancolia, deixando a ação de lado, tornando o filme tedioso. O esforço interpretativo do primeiro filme deu lugar a um piloto automático generalizado, contagiando até mesmo a talentosa Dakota Fanning, supreendentemente péssima e reduzida a uma personagem quase figurante. Salva-se apenas Taylor Lautner, que rouba a cena e supreende, sendo o único do elenco a interpretar de verdade e não usar o tal piloto automático. Além dele, destaca-se também os caprichados efeitos especiais, em especial nas cenas com os lobos, impressionando pela riqueza de detalhes. Sem dúvida alguma, junto com a atuação de Lautner, salvaram o filme de um total fiasco.

Com um enredo exageradamente arrastado, num roteiro com mais furos que mordidas de vampiros e lobisomens num mesmo pedaço de carne, A Saga Crepúsculo: Lua Nova decepciona e não somente faz jus a regra que uma continuação é inferior ao original, como também, até agora, é o filme mais fraco da franquia teen. Curiosamente, é o favorito da maioria dos fãs da saga. Gosto não se discute e ninguém esculhambe alguém e sua genitora por causa disso. rsss... Em síntese,  um filme triste, melancólico e enfadonho que recebe a nota 4,5, somente graças a atuação de Lautner e aos efeitos especiais.


UM TERCEIRO FILME QUE FOGE A REGRA.

Contrariando a regra que o terceiro filme é o mais fraco de uma franquia, A Saga Crepúsculo: Eclipse, consegue dar uma recuperada na franquia, apesar de ainda se arrastar demais, ter uma dosagem alta de dramalhão no roteiro e a canastrice de boa parte do elenco, exceto Lautner, evoluindo bastante, a cada  filme, sendo cada vez melhor na sua atuação. Na trama, os pombinhos Bella e Edward estão cada vez mais felizes, o que não impede de Jacob de lutar pela sua amada e ficar secando os pombinhos. Contrariando este clima de só love, chega a pacata e nublada Folks, uma legião de vampiros recém-criados,  vindos da vizinha Seatle, sedentos, literalmente falando, de carne e sanngue novos.

Minhas opiniões sobre A Saga Crepúsculo: Eclipse  continuam a mesma de um ano e cinco meses atrás, quando conferir, junto com minha amiga Dani, na tela do extinto Cine Farol, este filme. Apenas acrescento a nota: 8,0. Os comentários completos você confere em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com/2010/07/assistir-eclipse.html


CONCLUSÃO:

Ao final desta micro-maratona, minhas opiniões sobre A Saga Crepúsculo continuam a mesma. No geral, a franquia não me agrada (e a muita gente, principalmente os marmanjos) pelos exageros no dramalhão açucarado, algo supreedentemente arrastado nos três, até agora, filmes da franquia e pelas falhas grotescas do roteiro (ou dos livros, como não os li, não posso afirmar com exatidão se a culpa é da obra original ou da adaptação), que sequer torna o triângulo central interessante e bem construído. Nem quero entrar no mérito da tentativa fustrada de Meyer em dar uma nova versão para a mitologia dos vampiros e lobisomens, muito menos das péssimas atuações do casal de protagonista, a partir do segundo filme, pois seria motivo para me estender ainda mais. Mas, apesar de tudo isso, como cinéfilo não posso negar que A Saga Crepúsculo já tem o seu espaço garantido no rol dos ícones do cinema, graças aos milhares de fãs, que assim como os de Harry Potter, tornaram duas séries de livros medíocres, em verdadeiros fenômenos editoriais e cinematográficos, gerando vários produtos diretos como também várias imitações. Enfim, como dizia uma velha amiga, "Gosto não se discute, se curte!".

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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