Muito mais que um filme, uma obra Divina.
Não sei nem por onde começar a falar de A Paixão de Cristo, obra-prima dirigida, "oficialmente", por Mel Gibson. Disse "oficialmente", porque impossível não reconhecer a ação de Deus antes, durante e depois da produção, que vem emocionando e convertendo milhares de pessoas. Desde de 2004, são milhares de testemunhos vivos de conversões, de volta a Casa de Deus e até mesmo de curas. Com certeza, se fosse apenas um filme, nada disso teria acontecido, até porque, desde do início do cinema, Nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente a Sua Paixão, vem sido filmada e refilmada. Com certeza, é a figura histórica mais retratada na sétima arte. Nas próximas postagens, comentarei algumas outras produções sobre Nosso Senhor Jesus Cristo.
Como o título diz, A Paixão de Cristo narra as últimas horas de Nosso Senhor Jesus Cristo aqui na terra. Seria mais um filme sobre este momento ápice da Vida do Filho de Deus, se Mel Gibson, o elenco e todos que realizaram o filme não tivessem tão iluminados pelo Espírito Santo. Um filme onde as pessoas assistem milhares de vezes, repetidamente, e sempre se emocionam, são tocadas e descobrem mensagens novas para as suas vidas, somente sendo uma Obra Divina.
Sentimento religioso à parte, como cinéfilo, afirmo: Tudo é perfeito. O elenco está afiadíssimo, falando em três idiomas extintos (aramaico, hebraico e latim) que simplesmente abraçaram as personagens. Jim Caviezel, que interpreta Jesus e na vida real é católico, antes de entrar em cena fazia a seguinte oração: "Senhor, que as pessoas não me vejam, mas a Ti!". E deu certo já que a perfeita e iluminada interpretação de Caviezel, converteu até mesmo colegas de cena, como o ator Pedro Sarubi, que no filme interpreta o bandido Barrabás. Sua interpretação é perfeita, emocionando a todos nós.
Impossível não olhar a atriz judia Maia Morgentern (o nome dela, traduzindo para o inglês e português, significa "Estrela da Manhã", um dos títulos atribuídos a Nossa Senhora) e não ficar emocionado, como se estivessemos observando a própria Mãe de Deus. E o que dizer da interpretação e caracterização andrógina de Rosalinda Celentano, que no filme interpreta o encardido? Enfim, todo elenco, que de conhecido apenas Caviezel e a belíssima Mônica Bellucci, que interpreta Maria Madalena, abraçaram suas respectivas personagens, nos fazendo viajar no tempo e ser testemunhas oculares do maior fato da humanidade.
Além do elenco afiadíssimo, o filme tem uma belíssima fotografia, a maquiagem que nos impressiona e nos faz acreditar que estamos diante de uma tortura real, e a explêndida trilha que só contribue para aflorar as nossas emoções, diante do sacrifício salvífico de Nosso Senhor Jesus Cristo por todos nós. Até o trailer é perfeito, impactando e nos emocionando, sem dizer uma palavra.
De ponto fraco, apenas a curtíssima cena da Ressurreição (motivo fundamental da fé cristã, é a cena menos impactante do filme) e pouquíssimos detalhes que não condizem com a realidade, como por exemplo, o idioma latim, falado pelo personagens romanos, que não existia na época. Mas, nem mesmo as poucas falhas, tiram o brilho desta super-produção, que na opinião de um cinéfilo como eu, que já assistir durante minha vida milhares de filmes, é o melhor filme de todos os tempos.
Como obra cinematográfica, A Paixão de Cristo é um filme excepcional, mas, injustamente criticado negativamente, e taxado como anti-semita. Uma outra injustiça, já que vimos que Simão de Cirene, Verônica, Maria Madalena, entre outros são judeus e, se houvesse de classificar como "vilões", seriam os romanos. Uma obra-prima receber apenas três indicações ao Oscar (Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem e Melhor Trilha Sonora. Cadê as indicações de Melhor Filme, Ator e Atriz, principais e coadjuvantes?), não levando nenhuma, ignorada pelas demais premiações como o Globo de Ouro, é sem dúvida, a maior injustiça da história do cinema.
Como obra Divina, nem irei entrar no mérito, pois seria uma postagem sem fim, e até porque, mesmo tentando limitar os meus comentários apenas de um cinéfilo, impossível falar desta obra-prima, sem falar da minha fé.
Em síntese, um filme excepcional, que, obrigatoriamente, precisa ser visto e revisto infinitas vezes, em especial, naqueles momentos que estamos fracos na fé, abatidos pelas adversidades da vida. Na atual fase complicada e destrutiva de sua vida pessoal e carreira, Mel Gibson, deveria sentar e assisti-lo, não como diretor e produtor do filme, mas como espectador, e, sobretudo, como alguém que precisa reencontrar com Deus.
Sugiro que não deixem de assistir ou rever A Paixão de Cristo, nesta semana tão especial para nós cristãos.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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