"Sai capeta!", em grande estilo.
Estamos nos meados do segundo mês do ano e o meu compromisso com a sétima arte, até agora permanece. Hoje, foi a vez de assistir O Ritual, outro filme baseado em fatos reais. Ao contrário do que assistir na semana passada, não tem o 3D de James Cameron, mas em compesação é estrelado pelo igualmente genial Anthony Hopkins.
O enredo narra a história de um jovem (o esforçado Colin O' Donoghue) que ingressa no Seminário, com o absurdo pretexto de livra-se do pai, interpretado pelo sumido Rutger Hauer, frequentemente requisitado para vilão nos anos 80. Depois de quatro, após ser ordenado diácono (na vida real, o tempo de preparação é o dobro deste apresentado no filme) e pensando em desistir da batina, em virtude da sua falta de fé, é enviado ao Vaticano, para fazer um curso de exorcismo. Lá ele conhece o Jesuíta Pe. Lucas (Hopkins, excelente como de costume), um veterano exorcista, que irá fazê-lo questionar sobre sua fé.
Quem for esperando assistir um terror pesadão, repleto de efeitos especiais, ao estilo O Exorcista, poderá se decepcionar um pouco. O Ritual é um suspense envolvente e bem mais realista, acima da média dos filmes com este tema, que traz acima de tudo a mensagem sobre fé, pois sem esta, fica difícil enfrentar tanto o encardido, como os nossos demônios pessoais (leia-se os nossos traumas, medos, receios, pecados, enfim, tudo em nós mesmo que nos atrapalha de vivermos em paz). O roteiro, tem alguns clichês do gênero, mas que não influenciam negativamente no produto final.
Hopkins como sempre está ótimo como Pe. Lucas. Assim como o 3D é a grande estrela de Santuário, em O Ritual sem dúvida é ele que segura o filme, numa interpretação sóbria e convicente, roubando a cena e ao mesmo tempo contagiando a interpretação do contido O'Donoghue, que interpreta de forma razoável o seminarista cético Michael Kovak.
Outra grande supresa do filme é a nossa conterrânea Alice Braga, em mais um papel de "coadjuvante que se destaca", desta vez na pele de uma personagem não definida no roteiro (fica a dúvida se ela é uma noviça ou uma leiga), colega de curso de exorcismo de Kovak. Sem dúvida, aos pouquinhos, de filme em filme, Alice vai firmando sua carreira em Hollywood, se saindo melhor que sua tia Sônia Braga, e quem sabe caminhando a um estrelato ícone que a portuguesa Carmem Miranda atingiu.
Em síntese, O Ritual é um ótimo filme, acima da média dos filmes do gênero. Um suspense dramático que nos ensina que, acima de tudo, neste mundo cético é preciso ter fé.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Depois de enfrentar predadores alienígenas, Alice enfrenta agora o encardido. |
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